Em face de situações de fragilidade e insegurança as crianças buscam algo para utilizarem como refúgio. Diante dessas situações algumas delas criam amigos imaginários que podem não ser vistos ou ainda serem representados por travesseiros, bonecos ou qualquer objeto. A criança cria uma relação com tal amigo para que este o ajude a compreender mudanças e ainda a controlar seus sentimentos.
A criação desse amigo imaginário acontece normalmente por volta dos dois anos de idade e acontece, por exemplo, em situações em que nasce um irmão, quando perde alguém querido, quando muda de escola ou outro ambiente, quando vivencia a separação dos pais e/ou qualquer outra situação que confunda seu psicológico.
Apesar de estabelecer um relacionamento normal com esse amigo, a criança tem consciência de que de fato o amigo não existe, porém continua a utilizá-lo como válvula de escape perante a realidade. É uma forma de se desligar do mundo, o que é substituído por volta dos seis anos de idade por amigos de verdade sendo estes de qualquer ambiente em que freqüente.
Diante de uma criança e seu amigo imaginário, os pais não devem se apavorar e sim tratar a situação com naturalidade e respeito atentando sempre para o que é abordado no diálogo, pois dessa forma se pode conhecer as limitações, o sentimento omitido e os problemas que estão confundindo a criança. É interessante que a relação entre o real e o imaginário criado pela criança não seja estimulado, pois pode estimular o isolamento dessas com o imaginário provocando problemas sociais no futuro.
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