Durante muito tempo o conhecimento referente à forma como a mulher engravidava não era tão claro e as informações sobre o assunto eram passadas pelas famílias e assumiam conotações incríveis. Quem nunca ouviu falar da lenda da cegonha trazendo os recém-nascidos... as superstições povoavam o imaginário das pessoas e produziam histórias fantásticas!
O filósofo grego Aristóteles foi um dos primeiros a se interessar pelo tema afirmando que o fluxo menstrual era o material formador do embrião, enquanto que o esperma do pai seria o que concederia à criança forma e animação. Hipócrates, outro filósofo, já mencionava em seus relatos o poder das sementes de cenoura selvagens na capacidade de se impedir a gravidez.
Mas não havia tempo para esperar que as respostas viessem da ciência, uma vez que, juntamente com as lendas sobre a vinda das crianças, a busca por uma forma de fazer com que as crianças parassem de chegar também era muito importante.
Os contraceptivos são recursos muito antigos na história da medicina e assim como o conhecimento mudou muito nos últimos tempos, os métodos de prevenção acompanharam essa evolução.
Vamos conhecer um pouco sobre os métodos “desenvolvidos” para se impedir a gravidez?
Na Bíblia encontramos a história de Onan, que realizou um dos métodos contraceptivos mais antigos e mais falhos da história – a interrupção do coito, eliminando o sêmen durante a ejaculação no chão! Em razão dessa atitude foi punido severamente por Deus.
No Egito temos os primeiros relatos sobre os chamados contraceptivos de barreira, onde se utilizava fezes secas para se evitar a concepção, mas eles também desenvolveram uma pasta feita com fezes de crocodilo e mel que deveria ser colocada dentro da vagina – estudos atuais buscam explicações para essa estranha combinação... A revista Time publicou uma reportagem comentando que o fato de o estrume aumentar o pH vaginal contribuiria para uma ação contraceptiva.
Na China, a ingestão de mercúrio aquecido era indicada à mulher para se evitar a concepção ou provocar o aborto, entretanto, sabemos hoje que essa prática, além de altamente perigosa e tóxica, pode levar a mulher à morte.
No século XVI, na Inglaterra, durante o reinado do rei Henrique IV, foi idealizado um tipo de preservativo feito de intestino de carneiro para se bloquear a saída dos espermatozoides e evitar o crescimento no número de príncipes para a monarquia.
Atualmente, o mais conhecido método contraceptivo talvez seja a pílula anticoncepcional, que surgiu na década de 1960 e provocou verdadeira revolução nos relacionamentos e no comportamento feminino, uma vez que as mulheres puderam dissociar a vida sexual da vida reprodutiva e ficaram mais livres para assumir outras responsabilidades e ingressar no mercado de trabalho.
Com o desenvolvimento de novos compostos químicos, existe atualmente uma grande quantidade de opções de contraceptivos, comprimidos, injetáveis, implantes, adesivos o que, além de permitir facilidade no uso, garante a segurança para se evitar possíveis contratempos relacionados a uma gravidez inesperada. Lembrando sempre que a pessoa indicada para fazer a orientação do método contraceptivo será sempre o médico.
Por Fabrício Alves Ferreira
Graduado em Biologia
Graduado em Biologia
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